Quem está a toda prova é a atriz, que faz um monte de trabalho dentro da arte e também nutricionista formada, Márly Mello. A bela acabou de rodar o filme "Rocinha - Toda História Tem Dois Lados", da diretora Rayssa de Castro e já foi escalada para mais dois trabalhos!
Márly participará de duas produções da mesma diretora, tudo para 2022. Ela fará "Sobrevivendo no Inferno" e "Devassa", e garante que cada papel será do balacobaco.
Outro projeto que toma corpo definitivamente é sua peça autoral "Mulheres que Amam D+". Sua primeira criação que lhe rendeu prêmios, em 2019, terá estreia definitiva no fim deste ano.
Márly Mello
Marli Mello V. Cunha, cujo nome artístico é Márly Mello. Capricorniana, faz aniversário em 22 de Dezembro. Márly é atriz, autora teatral, artesã, nutricionista com pós-graduação em clínica. Seu bairro natal, Piabetá, na cidade de Magé, da Baixada Fluminense, situada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foi sua moradia até seus dois anos de idade. Depois, mudou-se para outro bairro no mesmo município, Praia de Mauá, onde viveu até seus 19 anos.
Arte e Vida
Aos 9 anos de idade, Márly já caminhava de salto alto pelo quintal do sítio onde morava, cantarolando, criando e fazendo personagens.
"Eu gostava muito de Monteiro Lobato, escrevi uma história em meu caderno baseada em Tristão, Merlin. Na época, eu nem tinha noção de plágio", conta a atriz rindo. Ela também já sonhava em ser atriz, cantora e paquita da apresentadora Xuxa Meneghel, que era a febre do momento nos anos 80, "Mas era um sonho muito distante da minha realidade, uma menina humilde de Praia de Mauá", desabafa.
Aos 12 anos, Márly foi trabalhar numa fábrica que produzia cintos, pochetes e mochilas de couro do saudoso Vagner Ribeiro - um dos sócios da banda Dzi Croquetes e que foi seu primeiro incentivador na vida artística, "Falei com ele do meu sonho que queria ser atriz e ele disse que iria me ajudar, mas não deu tempo, ele se foi e achei que meu sonho também tivesse ido", revela a atriz.
Casou-se, ao 25 anos, e foi morar na capital fluminense, no bairro do Méier, onde lá ela poderia ter mais oportunidades de ingressar-se na vida artística.
Durante 20 anos, seu sonho estava distante de sua vida real. Márly fez de tudo. Trabalhou como Artesã, Vendedora de planos de saúde, Telefonista, Protética, Vendedora de produtos para máquinas copiadoras e impressoras, Secretária de locadora de Veículos e ainda graduou-se como Nutricionista pela Universidade Gama Filho com pós-graduação em Clínica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.
Um certo dia, Márly via um programa de televisão, onde convidavam o telespectador a participar dele. Ela se inscreveu, foi, achou o máximo e, quando acabou, procurou saber como faria para retornar as gravações, "Ali era o universo que eu queria viver". Seu sonho parecia voltar a tona novamente.
Márly começou a dar asas a seu sonho fazendo figuração na Rede Globo de Televisão, "Eu adorava ficar lá o dia todo, mesmo com todo sofrimento que é a vida de figurante", conta. "Lá, eu conheci várias pessoas legais que me indicaram para alguns trabalhos independentes".
Não demorou muito, em 2018, e Márly fez seu primeiro curta independente, como atriz, "O Agressor", da autora Almira Correia, com direção de Ailton José. Seu personagem fazia parte de um trio amoroso e sofria feminicidio. Em seguida, um amigo, Sidnei Guimarães, a indicou para um teste. Ela entrou em contato com a diretora Denize Confá e a escritora Alice Melgaço, da peça "A Gótica e o Vampirismo", disseram que ela não tinha perfil para o papel, porque precisavam de uma atriz de cabelos pretos e ela era loira. Márly insistiu dizendo que ela tinha uma peruca preta, pois uma amiga, Vilma, tinha uma peruca e, além de emprestar pra Márly, bateu a foto da atriz.. Logo, Márly enviou a foto com a peruca para a diretora e, assim, foi finalmente aprovada para a sua primeira peça profissional, como atriz, "A Gótica e o Vampirismo", onde, aliás, ela fez dois papéis, a Alessa, a enviada do mau, e a Juliana, a amiga da protagonista, que é loira.
Em 2019, participou do episódio do canal humorístico, no YouTube, "69 Taxi", onde ela interpretou uma crente fervorosa ao lado do ator Ângelo Santoro.
No mesmo ano, fez uma participação como médica no filme "Viva", de Ailton José, sua personagem era uma médica. O primeiro longa que atuou.
Participou da web série "Os contos da hora da morte", com Edu de Carvalho.
Já, no longa "Amor Obscuro", de Vanderley Queiróz e direção de Bira Soares, viveu uma motorista de uma gangue de milicianos, no Rio de Janeiro.
Nesse filme, ela fez uma motorista de matadores milicianos, conduzindo a gangue a fim de matarem uma vereadora em uma emboscada.
Em 2019, participou de um esquete no Parque de Madureira, no Rio de Janeiro, "A Fadinha dos Dentes".
Fez uma pequena participação no humorístico da TV Globo, Brasil À Bordo, também em 2019.
Trabalhos em Andamento
Márcia
Rocinha - Toda História Tem Dois Lados
Em, 2018, conheceu a humorista, produtora e cineasta Rayssa de Castro, que veio a se tornar sua grande amiga e também uma grande incentivadora artística para Marli. Rayssa de Castro estava fazendo sua primeira incursão no cinema, após ter feito tantas peças teatrais tanto na produção, na redação e atuação. A cineasta estava em seu terceiro ano numa produção que ela havia escrito, o filme "Rocinha - Toda História Tem Dois Lados". Não deu outra, escalou Márly para viver Márcia. A personagem, escrita especialmente para Márly, vive uma Tenente Coronel da UPP da Rocinha, policial honesta que faz de tudo para ver sua comunidade em paz. O filme, atualmente em finalização, é o primeiro longa direto para as telas do cinema em que Márly atua.
M.A.D.+.
Mulheres que Amam D+
Em 2018, pensou em escrever sua própria história. Com alguns amigos e suas ideias, juntos fizeram o esqueleto, depois ela foi desenvolvendo, colocando sua própria impressão na peça "Mulheres que Amam D+".
Originalmente, a peça teria sua primeira temporada apresentada nos palcos em 2019, mas não aconteceu. Ela falou sobre a peça em uma reunião na comunidade da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro, onde Márly foi reconhecida pelo trabalho. Ela recebeu uma placa do grupo "Favelados da Rocinha" pela trama, cujo cunho social, ou de autoajuda, visa ser uma luz no fim do túnel para mulheres que, por amarem mais seus maridos que a si mesmas, adquirem muitos problemas por esta condição.
"Recebi o Prêmio pelas mãos do diretor Castelo Branco e da saudosa Camila Amado", diz a atriz. "Nesta peça, joguei 'nas onze', como autora, atriz, direção, figurino e produção na primeira etapa", complementa.
Márly também deu uma entrevista para falar sobre o tema a Radio 93 AM, do Rio de Janeiro, e deu outra entrevista, falando sobre a peça, em vídeo, para o programa "Universo das Letras, com Tatiana Fanzo".
A peça retornou aos ensaios em 2021, "Estreio dia 05 de Novembro de 2021 minha peça 'Mulheres que Amam D+', finalmente. Faço a protagonista Julia, uma mulher que ama demais, que abre mão da família, amigos e até do seu maior sonho, que é o de ser mãe, por amor ao marido". A peça tem direção de Rayssa de Castro.
Projetos
"Sobrevivendo no Inferno"
É o novo projeto da diretora Rayssa de Castro para 2022, onde Marli garante que também será um grande desafio de sua carreira como atriz.
Devassa
Também da diretora Rayssa de Castro, para 2022, ela conta que extirpará qualquer pedaço de .conservadorismo que não tem dentro dela e que todo irão se surpreender.
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