Foi velada nesse sábado, 24 de outubro, a atriz e cantora Jane Di Castro, no cemitério Jardim da Saudade, no bairro Jardim Sulacap, na capela 1, as 14 horas. Bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A artista estava debilitada nas últimas semanas, em decorrência da sua luta contra um câncer no fígado há algum tempo. O grande públco não tinha conhecimento de sua doença, a não ser alguns poucos familiares e seu biógrafo, o escritor Fábio Fabrício Fabretti.
No velório, realizado rápido e eficientemente, com discrição e um número limitado de amigos e parentes, compareceram pessoas, cuja presença viva de Jane Di Castro tiveram grande fluências, como a atriz, diretora e produtora Leandra Leal, atual proprietária do Teatro Rival, onde Jane iniciou sua carreira, e também diretora do premiado documentário "Divinas Divas", criado através de uma ideia da própria Jane.
Leandra discursou brevemente, agradecendo a Jane por ajudá-la a ser quem é hoje, e se desculpando, devido ao momento presente, pelo velório não ter ocorrido no Teatro Rival, como a atriz havia pedido certa vez.
Outra grande personalidade que discursou foi Claudio Nascimento, membro do Grupo Arco-Íris, coordenador geral da Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro e superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do RJ (SEAS.DH). Claudio reafirmou o pioneirismo e a importância de Jane no grupo, como Conselheira, e todos os seus ativismos em prol das causas.
Depois que as duas irmãs da atriz falaram comoventemente sobre suas relações, por fim, o biógrafio da artista, o professor, escritor e pesquisador da Gloria Perez, Fábio Fabrício Fabretti, encerrou as homenagens elevando a figura artística e toda ação social realizada por Jane, o que causou grande diferença no panorama carioca e nacional. Fábio também confirmou que, em breve, lançará a tão sonhada e esperada biografia que ele e Jane fazem há tempos.
“Ela não queria um livro de fofocas e escândalos, mas, sim, de registro da sua vida pessoal e profissional”, alegou ele. “Havíamos interrompido a finalização da obra devido a pandemia, mas agora será lançado com toda dignidade que ela merece”.
O enterro foi realizado com a bandeira do Grupo Arco-Íris sobre o caixão, junto da estola colorida que ela usava quando cantava o hino nacional.
Assista nosso último programa sobre Jane di Castro e várias outras matérias:
https://www.youtube.com/watch?v=J6AyrO_EY4c
O cortejo seguiu liderado por um decorativo carro de som, gentilmente decido pelo Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI, tocando músicas que lembravam o repertório da cantora.