“Naquela noite eu olhei pela janela e vi a lua morrer”, escrito e encenado por Ricardo Brighi, ganha os palcos da Giostri Teatro, em São Paulo, após uma série de apresentações virtuais que aconteceram entre agosto e setembro de 2020.
Com direção de Wesley Leal, Brighi, em uma ação solitária, se ampara no texto que escreveu e, através de uma personagem ficcional, dá voz a um tema pra lá de profundo: a dor da perda em todos os sentidos, da jovialidade, dos amores, do desejo, da volúpia e, junto a elas, traz a reflexão sobre como é (ou será – ou pode ficar) a vida de um homem gay depois de seus sessenta anos.
O personagem principal vive uma noite de lembranças, onde coloca na balança e divide com o espectador os seus relacionamentos, as suas aventuras, os seus desesperos e, sobretudo, a sua solidão. Trata-se de uma noite de cartas na mesa, de um claro, honesto e profundo diálogo do personagem consigo próprio.
A peça conta com dois musicistas, que tocam contrabaixo e violino ao vivo, enquanto o ator divide a sua história com a plateia.
A Giostri Teatro está seguindo todos os protocolos sanitários, funcionando com capacidade reduzida e equipe preparada para receber o público.
Sinopse: “Naquela noite eu olhei pela janela e vi a lua morrer”
O espetáculo apresenta o íntimo de um homem solitário de 65 anos. Numa tarde, trancado em seu apartamento no centro da cidade, ele recorda o passado, questiona o presente e coloca em dúvida o futuro. No palco, a vida desse homem, da juventude até o estigma de ser velho, gay e soropositivo. Uma peça-denúncia sobre o envelhecer numa comunidade onde o ideal de beleza e juventude são intensos demais.
Ricardo Brighi
É formado em Publicidade e Jornalismo. Trabalhou na área de criação publicitária e, desde 1993, é professor de Comunicação Visual e Administração no ensino técnico público. Há tempos se arrisca pelo mundo das palavras e “Naquela noite eu olhei pela janela e vi a lua morrer” é seu texto de estreia na dramaturgia.
Wesley Leal
É paulistano, tradutor-intérprete de Libras-português, ator e pesquisador. Graduado em licenciatura em artes com habilitação em teatro e pós-graduado em Libras (língua brasileira de sinais). Paralelo ao teatro, estudou dança clássica, contemporânea e dança-teatro e desenvolve projetos de teatro acessível às pessoas surdas.
Os músicos
Lígia Machado (violino): Participou do Projeto Guri, Orquestra Teatro Lírico de Equipe, Orquestra Filarmônica Infanto-Juvenil, Orquestra Edmundo Villani Côrtes e Camerata Villani. Pertence à Academia de Cordas da Cidade de São Paulo.
Webster Silas (contrabaixo): Atuou na Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, Orquestra Jovem de Guarulhos, Orquestra Jovem de Mogi das Cruzes e Orquestra Experimental de Repertório. Participou de festivais pelo Brasil e Alemanha.
Giostri Cultural
A Giostri Cultural dedica-se à interlocução intelectual, empresarial, artística e cultural. Os ambientes são sofisticados e inovadores, privilegiando a educação e a cultura como ferramentas essenciais para a vida. Fundada em 2005, a GIOSTRI é uma editora de livros, com aproximadas 1.800 publicações de autores nacionais e, desde 2010, mantém livrarias próprias em teatros e museus em São Paulo e em outras cidades e estados.
Para o ano de 2020, a GIOSTRI ampliou as atividades e fundou um espaço de cultura que une livros, teatro, cafés, cursos, palestras, salas de ensaios, reuniões, coworking, tudo localizado na Rua Rui Barbosa, 201, bairro da Bela Vista, em SP. Um local para a educação e a cultura e o lazer se encontrarem diariamente.
Ficha técnica
Texto: Ricardo Brighi
Direção: Wesley Leal
Elenco: Ricardo Brighi
Músicos: Lígia Machado (violino) e Webster Silas (contrabaixo)
Produção: Giostri Cultural
Serviço:
Temporada: de 02 de Julho a 30 de Julho
Sextas-Feiras, às 20h
Duração: 50 min
Classificação indicativa: 16 anos
Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia
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