o QUE eu NÃO disse Por: Maria Martins Haveria um jeito de opinar sem interferir? Haveria um modo seguro de não magoar com a nossa sincera opinião? Qual seria a tênue linha que nos separa de apenas responder ao que nos foi perguntado, de formar ou mudar uma linha de pensamento? Essas, e muitas questões conexas, pairavam como uma nuvem negra sobre os meus pensamentos. Até que ponto intrometer nos é permitido. A amizade seria um laço tão forte a ponto de suportar as mais duras verdades? Seria a vaidade um veneno tão poderoso, que não nos faria perceber uma verdade sincera, expressa numa opinião amiga? Seriam os amigos uma fonte sincera de verdades? Ou seriam eles interessados em contaminar, de algum modo, o seu pensar e o seu agir? Perguntas, de respostas fartas e variadas. Respostas subjetivas para perguntas subjetivas. O que se refere ao sujeito lhe seria único e diverso. E, na diversidade, se exprime a veracidade dos fatos. Decidi, pois, me recolher aos questionamentos internos, apenas meus. As discussões sem importância não me atraem mais. O falar por falar não me atrai mais. O disse-me-disse nunca me atraiu. Talvez não valha a pena colocar tudo a perder, os anos investidos em amizades sólidas e ao mesmo tempo frágeis. Talvez o que a gente realmente acha deva ficar no nosso inconsciente, mesmo que nos cutucando a cada dia, como quem diz “vai, fala, diga o que acha sobre isso”. Talvez seja melhor essa voz gritar até que se cale, pois quanto vale o silêncio? Vale mais em ouro e prata do que qualquer palavra falada. Vale mais em peso do que a consciência pesada. Vale mais do que a dita palavra, que não mais retornará ao âmago do seu porta-voz, uma vez liberta, ela não retorna à casa. Uma vez falada destrói castelos, ilusões, castelos de ilusões. Verdades mal construídas em cima de expectativas vãs, de anseios, de medos, receios, monstros que não valem à pena alimentar. Deixe a palavra seguir seu curso, se for para ser, poesia ela será. E que nossas palavras sejam com poesias, e não adagas. Que curem, e que não venham a ferir o que não pode se curar. Este é o primeiro texto da nossa colunista Maria Martins, lider da Banda Sufoco e que lançou o video "Marionetes" nesta última Quinta-feira aqui conosco, vamos revê-lo: Ei, que tal ter uma conta global 100% digital e sem taxa de abertura? Conheça a Nomad! Viaje, compre e economize no exterior de forma fácil e segura.Abra agora a sua conta usando nosso código de convidado YRIQ9L6M4D e ganhe até US$ 20 de cashback na primeira conversão de reais para dólares pelo app. Baixe o app pelo link: ConviteNomad Veja nosso último vídeo!Clique abaixo! Escaneie o código para saber nossas novidades! Anterior